sábado, 26 de setembro de 2009

algumas dicas para iniciantes e amadores!


































































Manual do iniciante
A caranga

Introdução

As aranhas caranguejeiras vêm conquistando cada vez mais o seu lugar entre os animais de estimação. Para muitas pessoas esses animais causam muito pavor, principalmente pelo seu aspecto "monstruoso", que é caracterizado principalmente pelo grande porte, grande quantidade de pelos e pelo fato de algumas espécies alimentarem-se até de pequenos roedores. O hobby de criar caranguejeiras no Brasil ainda engatinha, já que a venda e a importação desses animais está proibida. Já nos Estados Unidos e Europa, a coisa já é diferente. Lá existem até clubes e federações especializadas nesses seres de oito patas como, por exemplo, a American Tarântula Society e a British Tarântula.
Em alguns países, o que nós chamamos de caranguejeira, é denominado "Tarântula", mas no Brasil esse termo é usado quando nos referimos às espécies de aranhas da família Mygalomorphae, mas mesmo assim algumas caranguejeiras têm o nome Tarântula em seu nome popular. Existem cerca de 280 espécies de caranguejeiras, terafosídeos, que compreendem as subfamílias dos avicularinídeos, iscnocolídeos, gramostolídeos e terafosídeos.
As mais encontradas na natureza, particularmente na Amazônia, são as Aviculárias sp. e as Theraphosas leiblondi. Elas existem em uma infinidade de ambientes: desertos, savanas, florestas, cerrados, bosques, etc. Algumas vivem em buracos no solo, outras são errantes e outras são adaptadas à vida nas árvores. As caranguejeiras são animais considerados de fácil manutenção e muito resistentes.
Mesmo que proibido no Brasil, muitas pessoas matem esses animais como animal de estimação, sendo que a maioria deles foi coletada ou contrabandeada, o que não ocorreria se a importação de animais nascidos em cativeiro fosse liberada. O veneno na maioria das espécies não causa danos sérios aos humanos, mas existem exceções, por isso procure se informar bem sobre os hábitos de seu animal antes de adquiri-lo.

Características gerais

“Filo – arthopoda (animais com extremidades articuladas)”.

O Filo Arthropoda (gr. arthris, articulação + podos, Pé) contém a maioria dos animais conhecidos, mais de 891.000 espécimes, sendo muitas delas extremamente abundantes em número de indivíduos. Inclui os caranguejos, camarões, cracas e outros crustáceos (classe Crustácea), os insetos (classe insecta), as aranhas, escorpiões, carrapatos e seus afins (classe Arachnida), as centopéias (classe Chilopoda), os piolhos-de-cobra (classe Diplópode)e outros menos conhecidos e formas fósseis. O corpo é segmentado externamente em graus diversos, e as extremidades pares são articuladas, sendo ambos diferenciados em formas e função para o desempenho de atividades especiais . Todas as superfícies externas são revestidas por um exoesqueleto orgânico contendo quitina. O sistema nervoso, olhos e outros órgãos sensitivos são proporcionalmente grandes e bem desenvolvidos, próprios para respostas rápidas aos estímulo. Este é o único dos grandes filos dos invertebrados com muitos membros adaptados à vida terrestre, independente de ambiente úmido; e os insetos são os únicos invertebrados capazes de voar.
Artrópodes ocorrem em altitudes acima de 6.000 metros em montanhas e crustáceos a profundidade de mais de 9.500 metros no mar. As diversas espécies são adaptadas para a vida no ar, na terra, no solo e em água doce, salobra e salgada. Outras espécies são parasitas de plantas e sobre ou dentro do corpo de outros animais. Outras são gregárias e vários tipos de insetos coloniais desenvolveram organizações sociais, com divisão de trabalho entre os membros de diferentes castas. Muitos artrópodes são economicamente importantes.
Os grandes caranguejos, lagostas e camarões são comidos pelo homem, crustáceos pequenos são o alimento básico de peixes, e insetos e aranhas são comidos por muitos vertebrados terrestres. Os insetos são os principais concorrentes o homem, comendo suas plantações, alimentos armazenados, víveres e objetos domésticos ou roupas. Alguns insetos e carrapatos prejudicam ou transmitem moléstias para o homem, seus animais domésticos e suas plantações. Os Arthropoda e Annelida são os únicos filos dos invertebrados com segmentação conspícua. Ambos mostram-na no corpo, músculos e sistema nervoso. Os artrópodes diferem dos anelídeos (1) pela ausência de cílios; (2) ausência geral de septos intersegmentares; (3) redução de celoma; (4) presença de um sistema sanguíneo lacunar; (5) concentração dos órgãos excretores e gônadas; (6) separação dos sexos; (7) presença de um exoesqueleto com quitina; (8) extremidades articuladas e (9) olhos compostos.
Alguns crustáceos primitivos (Subclasse Brachiopoda) assemelham-se aos anelídeos na estrutura do coração do sistema nervoso crescem por adição de segmentos junto à parte terminal (telso) que contém o ânus. O peculiar peripatus (Subfilo Onychophora) vermiforme possui nefrídios segmentares lembrando os dos anelídeos e sua extremidade anterior mostra certa semelhança com um anelídeo poliqueto; seu corpo, porém não possui septos internos e o exoesqueleto é quitinoso. Alguns zoólogos dividem os Arthropoda em Brachiata (crustáceos, trilobitos) e Tracheata (insetos, aranhas, etc.).
Outros reconhecem de cinco a doze classes não havendo consenso sobre se os Onychophora e Tardigrada devam ser incluídos ou considerados como filos independentes. Neste livro são reconhecidos seis subfilos e nove classes. Os grupos são apresentados em uma seqüência baseada principalmente na conveniência, embora os trilobitos e crustáceos sejam provavelmente os mais antigos. Os trilobitos devem ter-se originado no Pré-Cambriano pois seus fósseis são abundantes e diversificados nas rochas cambrianas. Os dados fósseis e a morfologia das formas viventes são frequentemente discordante, sendo assim difícil construir uma árvore genealógica para os artrópodes.

CARACTERES GERAIS

1. Simetria bilateral; 3 folhetos germinativos; corpo geralmente segmentado e externamente articulado; cabeça, tórax e abdome diversamente distintos ou fundidos (segmentos cefálicos sempre fundidos).
2. Um para de extremidades por segmento ou nenhum; cada uma com poucos a muitos artículos contendo feixes antagônicos de músculos; diversamente diferenciadas, algumas vezes reduzidas em número ou partes, raramente ausentes.
3. Um exoesqueleto endurecido contendo quitina (exceto nos tardígrados), secretado pela epiderme e mudado periòdicamente.
4. Músculos estriados, freqüentemente complexos, geralmente capazes de ação rápida.
5. Trato digestivo completo; peças bucais com mandíbulas laterais adaptadas para mastigação ou para sucção; ânus terminal.
6. Sistema circulatório aberto (lacunar); coração dorsal, distribuindo sangue através de artérias para os órgãos e tecidos, de onde ele volta por lacunas do corpo (hemocelo) ao coração; celoma reduzido.
7. Respiração por brânquias, traquéias (ductos de ar), pulmões foliáceos ou superfície do corpo.
8. Excreção por glândulas verdes ou por 2 a muitos túbulos de Malpighi ligados ao intestino (nefrídios segmentares somente em peripatus).
9. Sistema nervoso com gânglios dorsais pares dorsalmente à boca e conectivos para um par de cordões nervosos ventrais, com um gânglio em cada segmento ou gânglios concentrados; os órgãos sensitivos incluem antenas e pêlos sensitivos (táteis e quimiorreceptores), olhos simples e compostos, órgãos auditivos (insecta) e estatocistos (crustácea).
10. sexos geralmente separados, macho e fêmea freqüentemente diferentes; fecundação geralmente interna; ovos ricos em vitelo, com casca; ovíparos e ovovivíparos, clivagem geralmente superficial; usualmente com um ou vários estágios larvais e metamorfose gradual ou abrupta para a forma adulta; partenogênese em alguns crustáceos e insetos.

Cutícula e quitina.

Os artrópodes são revestidos por um exoesqueleto muito diferente da epiderme mole ou das conchas calcárias de outros filos de invertebrados. O revestimento do corpo é uma CUTÍCULA complexa acelular (com várias camadas); epiderme uniestratificada imediatamente subjacente. O componente da cutícula melhor conhecido é a quitina (¹), um polissacarídeo nitrogenado (C8H13O5N)x insolúvel na água, álcool, álcalis, ácidos diluídos ou pelos sucos digestivos de outros animais. Primeiramente pensou-se que a proporção de quitinha determinasse o grau de rigidez do exoesqueleto (assim, as partes duras eram consideradas "fortemente quitinizadas"), mas pesquisas anteriores mostraram haver mais proteína na cutícula mais externa dura e mais quitina (ate 60%), na cutícula interior mais mole.
A cutícula reveste todas as partes externas, o intestino anterior e posterior, as estruturas respiratórias e os ductos das glândulas superficiais. Sua textura varia de lisa e áspera, sendo freqüentemente esculturada com covinhas, elevações ou espinhos e perfurada para a saída de cerdas sensitivas e glândulas. Em tubos traqueais e nas brânquias a cutícula é microscòpicamente fina e permeável e nas articulações das extremidades ou entre partes do corpo é mole para facilitar os movimentos. Como revestimento geral do corpo ela é comumente flexível e algumas vezes elástica (ninfas, larvas), mas e, outros casos é uma armadura espessa e rígida, endurecida (esclerosada) por substâncias químicas (CaCO³ em muitos crustáceos e piolhos-de-cobra). O exoesqueleto protege os órgão internos, fornece pontos de fixação para os músculos e forma alavancas e fulcros entre as partes móveis. Em artrópodes terrestres previne a perda de água e líquidos do corpo.
Tal armadura externa articulada mais rígida, necessàriamente limita o tamanho do animal assim, são necessárias mudas ou ecdises periódicas para permitir aumento de tamanho. A maioria dos artrópodes passa por quatro a sete mudas.

Reprodução

Os sexos nos aracnídeos são geralmente separados e a fecundação é interna. Nas aranhas, o macho produz uma bolsa de seda com espermatozóides e com o palpo coloca-a no orifício genital da fêmea. Alguns casos, o macho é comido pela fêmea após a cópula. Nas aranhas, o desenvolvimento é direto.
Uma vez atingida a maturidade sexual, o macho prepara-se para o acasalamento. Para isso, tem de transferir os espermatozóides dos órgãos onde se encontram (testículos e canal genital, situados no abdome) para os órgãos utilizados na cópula: as pinças copuladoras. Estas estão situadas nos tarsos dos membros anteriores modificados (os pedipalpos), que introduzirão os espermatozóides no aparelho genital da fêmea.
O macho tece uma pequena teia, denominada "teia espermática", e coloca-lhe em cima uma gota de líquido seminal, que é logo recolhida pelos pedipalpos, que têm a função de órgãos copuladores. Terminada esta operação ele deixa a teia e parte à procura de uma companheira.
Em geral, o macho identifica a fêmea graças a substâncias especiais, os feromônios, que esta vai deixando atrás de si enquanto se move. Uma vez encontrada a companheira, inicia-se a corte. Cada espécie de aranha possui um ritual diferente. A fêmea, a princípio, deixa-se ficar parada e responde, imitando o seu pretendente. Depois, consente no acasalamento. Na maioria das aranhas, os dois parceiros colocam-se frente a frente, de pé nas patas posteriores. O macho segura a fêmea com o auxílio das patas anteriores e tenta levantá-la, de modo a enfiar-lhe os pedipalpos sob o abdome. Muitas vezes, só depois de muitas tentativas, intercaladas de pausas, é que por fim consegue introduzir os seus bulbos copulatórios na abertura genital da fêmea. Terminado o acasalamento, recua com cautela e foge rapidamente, para não ser devorado pela companheira.
Esta guarda o líquido seminal em duas bolsas denominadas espermatecas, pois os ovos apenas serão fecundados no momento da postura, ou seja, algumas semanas ou alguns meses após o acasalamento. Antes de pôr os ovos, a fêmea prepara um receptáculo adequado: tece uma teia de seda onde deposita seus ovos que variam de 10 a 500, conforme a espécie, e às vezes até mais. Estes são amontoados e envolvidos em fios de seda, formando uma espécie de casulo, a ooteca, cuja execução demora várias horas. Algumas fêmeas transportam em seguida esse casulo, segurando-o com as quelíceras; outras o penduram num suporte; outras, ainda, ocultam-no e sobem em cima dele, ou mantêm-se por perto, com as patas esticadas para poder defendê-lo de ocasionais perigos.

Nascimento

Durante as semanas de incubação (ou três meses, no caso de algumas aranhas), o casulo é constantemente protegido pela fêmea, que parece controlar até o seu grau higrométrico, mudando o saco dos ovos de lugar quando sente o solo muito úmido.
Algumas espécies transportam o casulo para fora da toca e expõem-no regularmente ao sol, por certo para facilitar o desenvolvimento dos ovos e apressar a sua eclosão. As recém-nascidas saem do casulo completamente formadas: são aranhas em miniatura, com poucos miligramas de peso e comportamento gregário.
Só se alimentam de pequenas presas proporcionais ao seu tamanho e por vezes das suas próprias congêneres. As fêmeas das aranhas que não tecem teias carregam seus filhotes recém saídos do ovo no abdome. Dos que nascem apenas uns 10% sobrevivem.

Crescimento

O crescimento das aranhas até atingirem o estado adulto dá-se por meio de sucessivas mudas chamadas ecdises. O seu corpo é recoberto de uma cutícula mais ou menos espessa e rígida, o exoesqueleto feito de um material chamado de quitina, exceto no abdome e nas membranas articulares das patas. A cada etapa de crescimento, o animal perde a sua carapaça e produz outra.
Nas três semanas que precedem a muda, a aranha torna-se mais calma e os seus pêlos ficam descorados. Chegado o momento, ela tece uma espécie de alforje, que põe às costas, ficando imóvel durante várias horas, como se estivesse morta. Aos poucos, por intermédio de pulsações lentas, o cefalotórax e o abdome se abrem lateralmente. Então a aranha roda ligeiramente sobre o flanco. Com sucessivas sobressaltas um impulso atrás do outro, liberta-se da velha "pele", movimentando o dorso e deixando aparecer à nova carapaça e as novas patas. Depois disso, a aranha se queda de costas durante algum tempo, descansando da fadiga da muda. O novo tecido que a reveste é bastante frágil e o animal fica particularmente vulnerável, até o momento em que a sua nova pele endureça o suficiente para protegê-la e preservá-la.
Para que a muda se faça nas melhores condições, o ambiente deve estar úmido. Depois de uma muda, o interior da carapaça abandonada e a nova casca do animal ficam molhados. É necessário, então, que a aranha seque bem. Se não conseguir libertar-se totalmente do velho invólucro, o animal está condenado; mas no caso de apenas as extremidades de um par de patas ficarem presas à carapaça velha, a aranha pode sobreviver, praticando a chamada autotomia, vale dizer, cortando os próprios membros bloqueados, os quais crescem novamente em uma nova ecdise.
O número de mudas varia de espécie para espécie, independentemente das dimensões do animal. Com o tempo, os intervalos entre as mudas passam de algumas semanas para um ou dois anos, no caso das fêmeas adultas. Nos machos, a última muda é a adulta, momento em que aparecem os seus órgãos copuladores funcionais. As fêmeas, por sua vez, têm mudas que as obrigam a trocar de "pele" durante toda a vida. A longevidade da vida das aranhas varia de espécie para espécie e de acordo com as condições ambientais. Algumas são anuais e outras podem viver mais de vinte anos.

Teia

A teia das aranhas é feita de uma seda similar à que é produzida pelo bicho-da-seda, embora estes animais nem sejam parentes. Mas todas as espécies de aranhas, mesmo as que não constroem teias, são capazes de secretar diferentes tipos de seda através de até sete tipos de glândulas localizadas no abdome. Sendo uma proteína em forma líquida, a seda solidifica-se ao sair dos apêndices chamados de fiandeiras, cuja função é exatamente produzir os fios. A aranha fia, puxa, estica, e posiciona a seda através de suas pernas. A seda tem uma grande variedade de usos. Serve, por exemplo, para construir ninhos, para enrolar a presa ou para encapsular os ovos.
A caranguejeira-buraqueira é uma das que forram o buraco com seda para deixá-lo mais liso. Há outras espécies que moram em tocas e irradiam fios de seda a partir de sua entrada, montando eficientes armadilhas. Insetos que se enredam nos fios transmitem vibrações ao tentar se safar, e assim avisam as aranhas de que tem alimento na teia.
A aranha de berçário é um bom exemplo da utilização da seda como defesa. Pouco antes dos ovos eclodirem, ela tece uma teia larga em forma de tenda, misturando os fios com fragmentos de plantas. A aranha fica de guarda do lado de fora, mesmo depois dos filhotes nascerem. Fazendo isso, ela garante uma maior segurança para suas crias. Outra utilização interessante da seda é da aranha de água que vive submersa neste líquido. Seu corpo é coberto por pêlos hidrófobos que retêm bolhas de ar viabilizando, assim, sua respiração dentro da água. A aranha nada e anda por entre as plantas aquáticas do lago, é nesse lugar que ela faz ao seu ninho em forma de sino. Os fios de seda são tecidos tão próximos entre si que a teia fica impermeável e armazena o ar recolhido na superfície pela aranha. No inverno esta aranha espera a chegada da primavera dentro desse ninho.
Também é comum o uso do fio de seda como uma forma muito especial de pára-quedas. Suspensas por um fio com as extremidades irradiadas, formando uma plataforma, pequenas aranhas adultas ou recém-nascidas de algumas espécies deslocam-se levadas pelas correntes de ar. Algumas dessas aeronautas já foram encontradas até em alto-mar, a quilômetros da costa. Para as aranhas que caçam no alto das árvores, não existe nada mais perigoso do que cair no chão depois de um salto mal calculado. As espécies que vivem em árvores, como a aranha-lince verde, adaptaram-se a essa circunstância. Ela mantém a ponta do abdome encostada nas folhas e nos galhos enquanto anda. Cada vez que dá um passo, ela gruda a ponta de um fio de seda nessas superfícies. Durante um salto, um fio vai sendo produzido. Caso a aranha erre o alvo e comece a cair, o fio pára de ser tecido e ela fica balançando no ar. Em vez de precisar subir de volta desde o chão, ela apenas sobe alguns centímetros.
A espessura dos fios varia muito, mas pode ser mais fina que um micrômetro, a milionésima parte do metro. Ainda assim, é cerca de oitenta vezes mais forte que um fio de aço da mesma espessura, e flexível a ponto de ceder 20% do seu comprimento antes de romper-se. Material de grande durabilidade, a seda não é atingida por fungos ou bactérias, o que já se verificou até nas teias mais empoeiradas. Nunca foi provada, no entanto, quaisquer propriedades anti-sépticas, contrariando os costumes populares, comuns nas zonas rurais, de se usar teia em curativos.
Há teias feitas com o objetivo de durar a vida toda de sua construtora e que só se destroem por algum acidente. Outras aranhas renovam as suas teias periodicamente. Quando a teia se rompe ou quando está ressecada, a aranha pode devorar os restos de sua seda, para reciclá-la. Os fios das teias são, na verdade, um composto de fios de seda, que podem, inclusive, ser produzidos por glândulas diferentes. É o que acontece nas teias circulares, por exemplo. Os fios estruturais, usados para construir o arcabouço da teia, são secos e resistentes, enquanto os que formam os círculos são cobertos por uma secreção pegajosa, destinada a prender as vítimas.

Defesa

As aranhas levam habitualmente uma vida sedentária, em particular as fêmeas, que só muito raramente se afastam da entrada da sua toca ou teia. Às vezes, vivem no mesmo refúgio durante anos. Os machos, por sua vez, são decididamente muito mais ativos e gostam de explorar as redondezas, afastando-se da toca algumas dezenas de metros, ou até mais do que isso, quando, na época da reprodução, saem à procura de fêmeas a fim de acasalar.
Quando se deslocam, a maior parte das aranhas deixam traços da sua passagem: é que das fiandeiras escorre certo líquido que se solidifica em contato com o ar, transformando-se num fio com a consistência da seda. Durante o dia, esses aracnídeos mantêm-se isolados em esconderijos que algumas espécies constroem de forma elaborada. Algumas espécies confeccionam teias, outras se refugiam em buracos entre pedras ou em árvores ocas. Outras ainda escondem-se em tocas, fechadas ou abertas, que elas próprias escavam, e que podem consistir numa espécie de tubo simples na vertical.
As tocas, sobretudo as mais fundas, são também ótimos abrigos quando o clima não é propício, uma vez que a temperatura e o grau de umidade no seu interior mantêm-se quase constantes, garantindo assim a sobrevivência da aranha. Muitas vezes, as aranhas mantêm-se no fundo das tocas e algumas espécies chegam até a fechar a sua entrada nos dias quentes, para minimizar sua desidratação.
Nesse refúgio seguro, esperam a chegada do crepúsculo ou da noite para caçar. Na toca, a aranha está bem protegida dos eventuais predadores e, ao mínimo alarme, sabe como impedir uma invasão indesejada: se a entrada tem opérculo, baixa-o e fecha o seu acesso. Se não tem, adota uma atitude agressiva, com as patas anteriores levantadas.
Quando é atacada, a aranha dispõe de "armas" especiais para se defender. Por exemplo, algumas espécies de tarântulas da América do Sul possuem na parte dorsal do abdome, milhares de cerdas farpadas, denominadas "pêlos urticantes". Cada um desses pêlos é dotado de farpas cuja posição, forma, tamanho e densidade variam consoante a espécie. Quando agredida, a tarântula pode destacar parte desses pêlos urticantes com uma simples fricção das patas posteriores e, em seguida, lançá-los contra o predador. O contato desses pêlos com a pele humana pode provocar ardor e/ou coceira. Se este conseguir agarrar-lhe uma pata, a tarântula, como qualquer outra aranha, pode simplesmente desfazer-se dela pela autotomia. A ruptura do membro dá-se na altura da primeira articulação junto ao corpo. Graças a esta aptidão, esses animais conseguem pôr-se a salvo, sem, no entanto, sofrerem conseqüências irremediáveis por essa ação mutiladora voluntária. É que a pata perdida acaba por se reconstituir completamente, na ecdise seguinte ou após algumas ecdises.

Manuseio

Existem aranhas mais e outras menos indicadas à manipulação, dependendo do grau de agressividade, diferente conforme a espécie e os indivíduos. O manuseio é uma possibilidade, às vezes uma necessidade, mas NUNCA uma prioridade. Manipular uma aranha considerada de alta periculosidade pode ser interessante, mas deve-se evitar visto que pode causar acidentes, além de estressar a aranha, que em alguns casos deixa de se alimentar por alguns dias.
Algumas tarântulas como, por exemplo, a Grammostola Spathulata costumam ser muito dóceis, ao contrário de outras como a Ephobopus murinus, nativas do nordeste brasileiro são extremamente agressivas, sendo totalmente desaconselháveis o manuseio.
Outras tarântulas, por exemplo, possuem outro mecanismo de defesa: quando se sentem ameaçadas lançam sobre o inimigo uma “nuvem” de pelos urticantes e caso isso aconteça deve-se lavar bem as mãos com água e sabonete. Para manusear uma tarântula o mais pratico é colocar a mão estendida sem movimentos bruscos na sua frente e tocar levemente a aranha por trás até ela subir na sua outra mão, ou então colocar um recipiente na sua frente e com a própria tampa do recipiente ir tocando atrás da aranha até ela caminhar para dentro do recipiente. Outro modo de manuseá-la é segurar o animal com os dedos no tórax, entre o segundo par de patas, sem apertá-lo muito contra o chão, mas o segurando firme e levantá-la, assim que você a ergue, ela para de se debater e fica imóvel.
Manuseios:
- Para a caranguejeira caminhar sobre a mão: Ponha a mão aberta, dentro do terrário, na frente da caranguejeira. Com a outra, toque levemente à parte de trás dela, fazendo com que suba na palma da mão estendida. Ela caminhará calmamente. Faça-o com a mão próxima ao solo, para que a aranha não caia.
- Para examinar: Com o indicador, segure firme acima do cefalotórax, que é parte anterior do corpo. Pressione em direção ao chão, sem apertar demais. Segure-a pelas laterais com os dedos médios e o polegar entre o segundo e o terceiro par de pernas. Depois de erguida, ela pára de se debater.
- Para quem não quer tocar na Caranguejeira: Coloque um copo ou vasilha plástica na frente na frente da Caranguejeira. Toque-a por trás com um objeto e ela entrará no recipiente. Tampe o recipiente.

OBS: Qualquer tipo de manuseio só deve ser utilizado em casos específicos e não por divertimento, ou para aparecer para os amigos.

Morfologia e Biologia

Aranhas dos mais variados tamanhos e formas vivem no mundo inteiro. Todas têm em comum duas características: oito pernas e o corpo dividido em duas partes, o cefalotórax e o abdome. À exceção do abdome, todo o corpo da aranha está coberto por uma cutícula dura de proteção, que constitui uma espécie de esqueleto externo feito de quitina (polissacarídeo nitrogenado) - o exoesqueleto -, relativamente impermeável. Escudo cefalotorácico (cefalotórax ou prossoma)

Placa dorsal rígida com uma cavidade transversal que corresponde a ponto de união (apófise interna) dois músculos ligados ao estômago. O cefalotórax é coberto por uma placa protetora chamada carapaça. Nas caranguejeiras, muitas vezes se observam quatro pares de manchas sem pêlos, as sigilas.
Abdome (opistossoma)

Seu formato é arredondado com extremidade afunilada. É extensível e dilata-se consoante a quantidade de alimento ingerido. No caso das fêmeas, isso ocorre quando elas estão para pôr os seus ovos. Ele é menor no macho. É o local onde se localizam a maior parte dos órgãos.
Pedículo

Une o cefalotórax (cabeça fundida ao tórax) ao abdome. Este permite mover o abdome em todas as posições (muito útil quando a aranha está tecendo sua teia).
Patas
Os quatro pares de patas locomotoras, inseridas entre o escudo cefalotorácico e o esterno, asseguram a locomoção. Cada pata é formada por sete partes: anca, tronco, fêmur, rótula, tíbia, metatarso e tarso. O último par de patas está provido de uma escova de pêlos especiais, os escopelos, que permitem ao animal deslocar-se sobre superfícies lisas. A extremidade dos tarsos é dotada de duas ou três garras. Em muitas Caranguejeiras existem aparelhos estridulantes, ou seja, capazes de emitir sons ásperos e agudos, situados na face anterior das coxas ou dos trocânteres do primeiro par de pernas, assim como na face posterior das mesmas articulações dos palpos. Em alguns tipos de aranhas que constroem teias, na face superior dos metatarsos há uma ou duas filas de cerdas chamadas calamistro, que funcionam como um pente para a colocação de certos fios, que se entrelaçam como "fios de crochê".
Palpos / Pedipalpos

Tal como as patas, os dois palpos são articulados, mas falta a eles o metatarso. Os machos adultos distinguem-se pela presença do órgão copulador. Sua finalidade é manipular o alimento e tatear os arredores.
Quelíceras
Estes apêndices são formados por dois segmentos, um na base e outro à frente, com um gancho que é uma espécie de aguilhão oco com o canal de veneno. Servem para agarrar as presas e, nas fêmeas, também para transportar o casulo. De acordo com a posição das quelíceras distinguem-se dois grandes grupos: as Labidognathas e as Orthognathas. Boca
Situada na parte anterior do cefalotórax, está rodeada por várias lamelas mastigadoras providas de cerdas que funcionam como escovas para limparem esses apêndices após as refeições.
Olhos
A maioria das aranhas tem oito olhos simples. Os olhos da frente, geralmente maiores, são usados para caçar.
Fiandeiras
Os três pares de fiandeiras estão localizados na extremidade do abdome onde se encontram as glândulas fiandeiras. Essas glândulas produzem uma substância pegajosa com a qual a aranha tece suas teias.
Cerdas
As cerdas que cobrem o corpo da aranha facilitam a identificação de presas e do parceiro, compensando a deficiente capacidade visual (de algumas). Há outras cerdas que funcionam reconhecendo os sinais químicos deixados pelas suas congêneres. Na base de cada pêlo, há uma célula nervosa que detecta qualquer movimento. É tão sensível que pode detectas vibrações sonoras constituindo também o meio auditivo da aranha.
Pêlos urticantes

O abdome peludo de algumas aranhas apresenta no dorso uma zona de pêlos urticantes que fica pelada quando a aranha os lança contra os seus agressores.
Sistema respiratório

Muitas aranhas respiram através de pulmões foliáceos, filotraquéias ou falsos pulmões: uma câmara constituída por lamelas por onde circula a hemolinfa. O pigmento respiratório, geralmente hemocianina, é rico em cobre. É por essa razão que ele comunica a hemolinfa uma coloração azulada. O ar entra no pulmão através de minúsculas fendas localizadas no abdome. Lá o oxigênio é absorvido pelo sangue. As aranhas mais ativas apresentam, além dos pulmões, um sistema de espiráculos e traquéias, como os insetos. Há também aranhas de pequeno porte que respiram exclusivamente por traquéias.
Sistema circulatório

O sistema circulatório conta com um coração na região dorsal do abdome, que bombeia sangue para a aorta anterior ou, dependendo do tipo de artrópode, anterior e posterior. No resto do corpo o sangue circula por um sistema de lacunas, chamadas sinus ou bemoceles, que banham os órgãos. Esse tipo de sistema circulatório – encontrado em todos os artrópodes – não conta com a presença de capilares e é chamado aparelho circulatório aberto ou lacunar. O sangue é conhecido como Hemolinfa. A última lacuna do circuito é uma cavidade em volta do coração: trata-se do sinus pericártico. Dessa lacuna o sangue volta ao coração por orifícios: os óstios. Durante a contração do coração, os fecham, permitindo que o sangue siga apenas pela aorta. Sistema excretor

Os excretos são absorvidos pelos tubos Malpighi e lançados no intestino abertos do tubo, saindo do corpo junto com as fezes. A principal substância nitrogenada excretada é o ácido úrico, uma substância insolúvel e pastosa que diminui a perda de água do animal - uma adaptação à vida terrestre. Nos aracnídeos, a excreção também é feita por glândulas da coxa, que se abrem na base das patas.
Sistema nervoso

É muito condensado, é constituído por duas massas de gânglios. Uma equiparável ao cérebro, está ligada aos olhos e as quelíceras; da outra, partem os nervos diretamente para os palpos, as patas e o abdome. As aranhas apresentam uma glândula cefálica que comanda por sua vez, uma glândula torácica. Essas glândulas produzem hormônios que controlam as mudas e a metamorfose.
Sistema sensorial

A visão é desempenhada por olhos simples. Os órgãos táteis e olfativos são representados por pêlos espalhados por todo o corpo.
Digestão

Os aracnídeos possuem um tubo digestivo adaptado para sugar. Nas aranhas e escorpiões, a digestão é extra corpórea. A aranha injeta primeiro o veneno em sua presa e depois secreta enzimas para a digestão. Em seguida, suga os produtos líquidos da digestão, acionando para isso sua faringe musculosa.
Digestão externa

Quando se alimentam, as aranhas engolem apenas a parte interna das presas, desprezando o exoesqueleto, pois só consegue ingerir líquido. Ocorre antes uma pré-digestão externa. Esta "digestão externa" começa com a aranha impregnando a presa com uma solução intestinal regurgitada, que liquefaz os tecidos enquanto as enzimas do seu veneno agem. Em seguida, após ter aberto a presa com as quelíceras e misturado tudo com as lamelas mastigadoras que tem em redor da boca, a aranha "suga" o alimento liquefeito por meio de bombas aspirantes localizadas na parte anterior do intestino.


História Natural

As aranhas são de vida livre, solitárias e predadoras, alimentando-se principalmente de insetos. aranhas caçadoras esperam pelo alimento ou perambulam à procura dele, subjulgando-o (Lycosa) ou saltando sobre ele (Salticus). Outras aranhas aprisionam suas presas em teias. Pequenas presas são agarradas, mortas por uma picada rápida do acúleo que contém o veneno e "comida" - realmente, enquanto está sendo segurada, ela é parcialmente digerida por enzimas despejadas pelo intestino. Peças maiores de alimento podem primeiro ser circundadas por uma cobertura de seda ou presas na teia e então mortas. O veneno mata invertebrados rapidamente e o de algumas aranhas grandes (Eurypelma) vence pequenos vertebrados. quando alimento é disponível, aranhas comem freqüentemente, mas em cativeiro algumas podem jejuar durante muitas semanas. Na maioria das espécimes, os indivíduos vivem somente cerca de um ano, mas algumas "Tarântulas" grandes têm vivido no cativeiro durante 20 anos. os inimigos das aranhas são principalmente pássaros, lagartos e certas vespas; alguns icneumonídeos (Himenóptera) põem os ovos em ovissacos de aranhas onde as larvas eclodem ràpidamente e consomem muitos ovos das aranhas.
A seda das aranhas é uma secreção protéica de glândulas abdominais especiais que sai pelos muitos tubos microscópicos das fiandeiras e solidifica-se em um fio em contato com o ar; serve para muitas finalidades. aranhas terrestres caçadoras deixam um "arrasto" à medida que caminham. aranhazinhas são dispersadas subindo a certa altura e tecendo um longo fio no qual são carregadas pelo vento; árvores algumas vezes tornam-se cobertas por tais fios flutuantes e grande número de jovens aranhas "aerostática” é ocasionalmente visto por navios no mar. As teias mais são pouco mais do que muitos fios irradiando de um retiro da aranha (Segistra). algumas (Amaurobius) adicionam uma camada de seda fina produzida por uma placa (cribelo) anterior às fiandeiras e outras formam uma camada em forma de rede de dormir apoiada em uma moldura definida (Tegenaria). algumas teias são redes irregulares de fios (Latrodectus). Argiope, Epeira, Miranda, esboçam um arcabouço chato retangular dentro do qual fios radias são espaçados ordenadamente; e então uma espiral de seda, contendo gotículas pegajosas, é fixada para a captura da presa. As teias são separadas ou renovadas em intervalos freqüentes. Armadilhas, esconderijos, ninhos para hibernação ou acasalamento e casulo para ovos são fiados com tipos variados de seda pelas diferentes espécies. Fios de seda de aranha são usados nos retículos de telescópios.
Agradecimentos aos companheiros Muh e Black Wolf, responsáveis pelos artigos originais que foram aqui fundidos. Junção do























































Primeiros Socorros em Aranhas Caranguejeiras


Para todos aqueles que criam muitas aranhas, mais cedo ou mais tarde se depararão com o fato de ter alguma aranha ferida ou que necessite de "ajuda médica", e infelizmente não existem veterinários especializados para elas como existem para os gatos e cães.O modo como você age nessa hora fará toda a diferença entre a vida e a morte de sua aranha, pois você será seu veterinário. O que você fará depende da natureza do ferimento, se for um corte ou um sangramento você ira cuidar de uma forma se for ácaros você agirá de outra.----------------1 - FERIDAS----------------Feridas são os problemas mais urgente das aranhas, pelo fato de não possuírem "fator coagulante" no seu fluido, que não é sangue mas sim um fluido claro chamado hemolinfa, assim sendo mesmo com uma ferida pequena podem "sangrar" até a morte. Existem casos de feridas menores nas quais se forma uma casquinha, não tente tirar ou puxar a casquinha que se forma sobre a ferida, pois voltará a sangrar. Não deixe faltar água, coloque-a num local quentinho, tranqüilo e escuro, onde não será incomodada, alimente-a com poucas quantidades, pois a pressão interna pode fazer com que o sangramento volte a ocorrer.Retire objetos pontiagudos, evite usar cactos ou plantas com espinhos, evite grandes alturas para suas espécies terrestres, pois uma queda, mesmo que dentro do terrário poderia causar a ruptura do abdômen. Caso você precise, coloque a sua aranha no freezer por alguns minutos, para ela ficar letárgica e imóvel. Cuidado para não exagerar!Os métodos mais usados para casos de sangramento são os que vou relacionar a seguir, devem ser tentados na mesma ordem que serão apresentados:- PAPEL TOALHAColoque um pequeno pedaço de papel toalha em cima do sangramento, ele ira se misturar com a hemolinfa formando um band-aid que poderá ficar lá até a próxima troca. - TALCOPolvilhe talco (sem perfume), diretamente sobre o ferimento, isso pode estancar o "sangramento" (aranhas possuem hemolinfa não sangue), é interessante tentar esse método antes dos outros pois esse é o menos agressivo de todos, pelo fato de conter menos elementos químicos.Tome cuidado para não deixar o talco entrar nas entradas dos pulmões.- VASELINAApós ter tentado o método do talco , tente passar uma pequena quantidade de vaselina sólida diretamente sobre a hemorragia, como fazem os lutadores de boxe. Isso pode resolver o problema.- "LIQUID BANDAGES".Esse é um método muito usado pelos gringos, eles usam "liquid bandage" ou "liquid skin", que são colas feitas pra machucados elas não são tóxicas, mas são muito caras e difíceis de achar, se alguém tiver recursos suficientes..- ESMALTE PARA UNHASSimplesmente colam o abdômen rompido com ele.- SUPER BONDERSimplesmente colam o abdômen rompido com ele.Obviamente esses métodos dependem da extensão do ferimento. Se for um pequeno sangramento basta colocar uma gota desses produtos para estancar o ferimento.Apesar de mais radicais esses últimos 3 métodos parecem ser os mais eficazes.- FIO DENTALGeralmente o sangramento nas patas se resolve sozinho, ou ele para ou a própria aranha amputa sua pata, caso o sangramento seja muito extenso, e você não esteja conseguido estancá-lo com os métodos anteriores, você pode amarrar um fio dental (ou outra linha/fio bem limpos) com muita força na "junta" logo acima ao segmento da pata em que se encontra a hemorragia.Isso fará com que você interrompa o fluxo de líquido para o segmento abaixo desse "garrote".Após esse parte, pegue uma tesoura (afiada e esterilizada) e corte a parta logo 0,5 cm abaixo do fio, estancando a hemorragia e amputando essa pata você salvará sua aranha e na próxima troca ela terá a pata de volta.Caso nenhum destes métodos de resultados ou a ferida seja muito grave a melhor opção é sacrificar sua aranha, O método mais usado é colocá-la no freezer e deixar até que morra.-----------------------2 -DESIDRATAÇÃO-----------------------O problema mais comum que se tem notado em aranhas de cativeiro é a desidratação.As espécies do gênero Avicularia, são as que mais sofrem com esse problema. Sempre se pensou que este gênero fosse um dos mais fáceis para se cuidar, mas isto tem se demonstrado um desafio e tanto, pela sua dependência de umidade. Se você tem uma aranha já a um certo tempo e ela morrer derrepente, dificilmente você culparia a desidratação mas na verdade, diferente do que imaginamos, os danos causados por esse problema não são vistos imediatamente serão vistos a médio prazo... a aranha irá morrer. Muitas vezes ela passou pela mão de outra pessoa que não a hidratou do modo certo, por algum tempo, isso já será suficiente para matá-la num futuro próximo, sem que você saiba o real motivo.Assim sendo, a desidratação não é algo que se possa remediar, a não ser que seja algo imediato e de pouca duração, como por ex uma viagem ou algo do tipo, mas uma aranha que foi tratada desidratada não viverá muito.No caso de uma "desidratação de viagem", no qual a aranha chega desidratada, você deve colocá-la em um pote com outro pote pequeno para que possa beber água diretamente, caso consiga, e/ou um algodão molhado, dependendo do caso. Em casos muito graves nos quais a aranha não se mexe e está encolhida, coloque-a sobre o algodão, apenas a parte posterior, próxima a boca, não o abdômen, pois ai se encontram as entradas dos pulmões e ela poderia se afogar. Você pode usar um conta-gotas e tentar hidratá-las diretamente pela boca mesmo.Forneça sempre água fresca para suas aranhas, isso é muito importante.----------------------3 - ÁCAROS----------------------Ácaros são organismos pertencentes ao Filo ARTHROPODA, Subfilo CHELICERATA, Classe ARACHNIDA e Subclasse ACARI. São alguns dos organismos mais numerosos, que habitam os mais diversos ambientes. A verdade é que nós não sabemos ao certo todos os males que os ácaros nos causam, a nós ou aos animais como nossas aranhas, certamente algumas espécies de ácaros são nocivas. Sabe-se que muitos ácaros causam danos significativos a animais e plantas, reduzindo seu potencial produtivo e ou sua qualidade, mas alguns por outro lado, atacam diferentes espécies de organismos indesejáveis. Os ácaros em pequenas quantidades estão presentes em todos os terrários mas passam desapercebidos, em pequenas quantidades são úteis ao terrário, eliminando os microscópicos fungos.Os ácaros se alimentam de fungos que crescem em material orgânico em decomposição, desde restos de pele humana como também restos de comida deixados em nossos terrários. A espécie do ácaro mais comum é o "ácaro da poeira da casa", Glycyphagus domesticus. Estes estão em todos as casas, independentemente do fato de você manter aranhas ou não. Os ácaros da poeira da casa prosperam em circunstâncias mornas e úmidas, ou seja, o mesmo das aranhas, por isso se torna impossível eliminá-los, mas fácil controlá-los. Basta retirar todos os restos de comida do terrário. Antigamente se atribuía a morte de aranhas por motivo de ácaros, hoje em dia esse assunto está em debate, as opiniões são divididas muito dizem que eles não oferecem perigo as aranhas. Alguns dizem que eles sobem nas aranhas apenas em busca de umidade, De qualquer forma eles devem ser retirados, no mínimo para não incomodar a aranha. Use um pincel molhado e simplesmente toque levemente ácaro por ácaro e eles grudarão no pincel.Caso a sua aranha esteja muito infestada retire-a do terrário e coloque-a num pote juntamente com um algodão úmido, isso fará com que os ácaros vão para o algodão em busca de maior umidade.----------------------4 - FUNGOS----------------------

para fungos: diminuir umidade, passar produtos à base de iodo ou cloro com cotonete sobre o fungo. (EX: polvidine e clorexidine, ou mesmo água sanitária diluída.)ácaros: pincel com talco sem cheiro, pincelar a aranha, trocar a aranha de terrário, lavar terrário e ornamentos secá-los bem e montar de novo terrário. Cuidado para não sufocar a aranha COM TALCO.

































Cópula






















Bom primeiramente tem que arranjar o casal MATURADO...A fêmea não pode estar perto da ecdise, senão ela vai perder o esperma na exúviaAlimente bem a fêmea pra que ela não sinta fome e coma o macho...deixe os dois no mesmo terrário, separados por uma tela, algo assim por uns 10 dias, até que um se "acostume" com o outro, tente também colocar um pouquinho da teia de um no lugar do outro...o macho quando estiver pronto vai fazer a teia espermática...Depois desse tempo, deixe os dois juntos, sempre observando com algo na mão pra separá-los caso ela tente atacá-lo...Eles vão começar a batucar... depois vão realizar o ato da cópulaquando eles terminarem, separe-os imediatamenteRepita isso cerca de 3 vezes, com intervalos de +/- 3 dias

Ooteca
Bom galera antes de qualquer coisa gostaria de dizer que o que estou postando é baseado em informações que obtive na internet com meus amigos e também com minha própria experiência. Já reproduzi algumas carangas em casa L.klugi , A. juruensis , V.sorocabae , V.roseus , e umas gringas que não vingaram a ooteca por falta de fertilização. Vou tratar neste tópico sobre cuidados com a ooteca, e não reprodução.Pois bem, em geral a caranga leva 6 semanas para fazer a ooteca após ter copulado e mais 6 para chocar, é importante neste período que ela ainda não fez a ooteca você super alimentar sua aranha, quanto mais alimento melhor, percebi por experiência feita com uma V.sorocabae que se não alimentar a aranha mesmo ela tendo cruzado ela não faz ooteca, então se liguem nisso. Após a caranga fazer a ooteca eu os aconselho deixar com ela por duas semanas, o porquê disso é o seguinte nas primeiras semanas em que estão se formando as caranguinhas a mãe ira regular a temperatura da ooteca, ela ira procurar no terrario o lugar mais quente e úmido ou mais frio, isso dependendo de como estiver as condições do tempo e também irá virar os ovinhos, então eu acho melhor deixar nas mãos da mãe natureza durante esse período critico. Passado 2 semanas se você tiver disponibilidade de tempo aconselho tirar a ooteca da fêmea, e cuidar dela, para isso você ira precisar de: tapo-airs , papel higiênico, tesoura , um borrifador de água e linha.Tire a ooteca da fêmea usando uma pinça ou vareta abrindo cuidadosamente as suas queliceras, depois de feito isso eu jogo uma bola de algodão para a caranga para ela ficar mais calma, ela pensa que é a ooteca (com o tempo a caranga abandona o algodão e volta a se alimentar normalmente), algumas carangas comem durante a choca da ooteca e outras não, isso eu não sei ainda o porquê, o que percebi foi que carangas mais velhas “experientes” se concentram em cuidar da prole e não em se alimentar. Tirado a ooteca você irá marcar ela em 4 ponto em cima, em baixo, de um lado e do outro, isso é para você lembrar se virou ou não a ooteca, pode-se usar uma caneta para fazer isso, cada ponto marcado deve ser diferente por ex: uma bolina pequena, uma grande um x pequeno e outro grande. Logo em seguida você deve pegar uma tapo air , forrar ela bem com papel higiênico e borrifar de leve água, um tanto suficiente para apenas ficar úmido, coloque a ooteca la dentro e feche a tapo-air com a tampa , esta tampa acho melhor fazer uns furos para circular o ar. Agora começa o trabalho, você deve virar a ooteca todo dia para que os ovinhos não grudem uns nos outros, isso é muito importante, pois se grudarem irá estourar e logo fungar e se isso acontecer ai fode. Quanto à temperatura aconselho a não usar nada que emita calor artificial, os gringos usam incubadores, mas lá eles têm aparelhos que controlam a temperatura e etc. aqui no Brasil como é um país tropical eu aconselho apenas a você pegar a tapo air e colocar dentro de um terrario ou então dentro do armário o calor desses já é o suficiente para chocar a ooteca. Convém falar novamente que se deve virar a ooteca todos os dias e assim que perceber que acabou a umidade da tapo-air, borrifar água novamente.Pois bem após a 6 semana ao pegar a ooteca na mão você ira perceber que ela não esta mais solta, molenga, ela estará mais “cheia”, é sinal que as larvinhas já nasceram. Apos isso elas ainda irão fazer mais uma ecdise antes de sair da ooteca.

Pois bem agora vou ensinar como se faz para abrir a ooteca e acompanhar o desenvolvimento dos filhotes lá dentro. Isso é uma pratica comum, mas só é indicada para quem já tenha certa experiência. Lá pela quarta semana você pode abrir a ooteca e ver se ela irá vingar ou não, pegue a ooteca com a mão e selecione uma ponta, segure a ooteca com as pontas do dedo de modo com que todos os ovinhos sejam acomodados no fundo da ooteca, pegue a tesoura e faça um corte na vertical e não na horizontal, ao cortar você irar ver que a ooteca por dentro é perfeita, varias camadas de fio de ceda, a coisa mais linda, faça o corte até que seja possível ver os ovinhos, após aberta tire com muito cuidado dois ou três ovinhos e feche a ooteca novamente usando uma linha, amarrando as duas pontas que ficou do corte, lembre-se durante todo esse processo você deve ter lavado muito bem a mão tudo para que não contamine os ovinhos.
Pegue estes ovinhos e olhem eles com uma lupa, se estiver vingando a ooteca você ira ver os filhotinhos se formando, caso contrario é certeza que a ooteca não irá vingar. Lá pela sexta semana você ira ver os filhotinhos lá dentro, uma coisa que percebi e que deve ser estudada é que mesmo nesta fase já existe o canibalismo, eu comentei isso com alguns biólogos e acharam muito interessantes, pra galera que faz biologia é legal estudar este comportamento que ao que me parecesse nunca foi observado e se foi não há quase nada escrito sobre isso. Antes mesmo de fazer a primeira ecdise alguns indivíduos matam seus irmãos, é interessante pelo seguinte eles não precisam de alimento durante esta fase da vida então porque alguns matam e comem seus irmãos? Pois bem galera é isso ai, se você for iniciante não abra a ooteca, aguarde com paciência os bichinhos nascer, abrir a ooteca é arriscado e você pode por tudo a perder, se você tem um terrario grande e não tem tempo apenas deixe a ooteca com a fêmea ela sabe o que fazer, mas se ela abandonar a ooteca você deve tirar e seguir os conselhos deste tutorial.

































Manual do iniciante
O terrário

Tamanho

As aranhas exigem terrários bem simples, que devem ser construídos de acordo com a espécie, arbóreas, cavernícolas ou terrestres. As arbóreas suportam quedas de até 2 metros. Gostam de escalar e de ficar coladas na lateral do terrário, pois na natureza, vivem em árvores. Decorar com galhos e troncos é bom, pois servem de toca e é onde escoram a teia. As terrestres precisam de solo mais profundo de no mínimo cinco centímetros onde cavam tocas, bem como de uma folha sobre a superfície, que também serve de abrigo. O tamanho no primeiro ano de vida, um espaço de 10x10x10cm é suficiente, já que as aranhas nascem com meio centímetro e levam tempo para crescer. Depois, até três anos, pode ser usado um terrário de 20x15x15cm, com tela bem fina em cima para ventilação. Adultas necessitam de terrários que variam de 20X20X20 (para espécies como a sickius longibulbi) a terrários com 60X40X40 (como a Theraphosa leiblondi), tudo dependendo da espécie e do comportamento (terrestres, arborícolas ou cavernícolas).

Material e Substratos

Paredes transparentes, de preferência de vidro para visualização; Tampa para ventilação com tela bem fina e os melhores substratos para caranguejeira são: areia, cascalho de rio, terra vegetal (sem nenhuma adição de adubo ou qualquer outra coisa), pó de casca de coco ou vermiculita. Cuidado com o uso de terra preta ou vegetal, assim como com restos de comida, pois isso pode, e provavelmente irá, causar o surgimento de microorganismos no solo, o que pode levar a caranga à morte se esses mesmos microorganismos se proliferarem de maneira desordenada. A limpeza do substrato deve ser mensal, mas o ideal é retirar os restos de alimentos e outras coisas indesejáveis sempre. Na decoração de terrários para aranhas terrestres podem ser usados algumas pedras e troncos caídos ou cascas de árvore, que proporcionam um esconderijo, já as arborícolas preferem apenas alguns galhos e troncos, que é necessário. O uso de plantas nos terrário deve ser feito com muito cuidado, pois a maioria dos terrários não possui a iluminação adequada, podendo levar essas plantas a morte e consequentemente a contaminação do substrato.

Esterilização

O uso de folhagens secas, terra, areia, cascas de árvore, pó de casca de coco e musgo como substrato em terrários é muito atrativo, pois deixa o ambiente mais natural, mas esses substratos podem vir com parasitas (inclusive carrapatos, piolhos e pulgas) e fungos que prejudicam a aranha. Para isso é preciso esterilizar antes de usá-lo no terrário. A melhor forma de se esterilizar areia e terra é peneirar bem e depois colocar em uma bandeja e deixar no forno, a 230°C, durante cerca de 10 min. Com a folhagem e o pó de casca de coco é mesma coisa, mas antes é bom dar uma lavada nas folhas e no pó de casca de coco. Com as folhagens, é melhor manter o forno a temperaturas um pouco mais baixas (em torno de 150-170°C) e manter por um pouco mais de tempo. Folhas que ainda não estão secas, após permanecerem esse período no forno, tornarão secas, e algumas podem até exalar um odor agradável; algumas espécies de hera, por exemplo, após serem secas no forno, exalam um cheiro parecido com o de amendoim, minimizando qualquer cheiro desagradável. No caso do musgo e pedaços de cascas de árvore trituradas, já existem os industrializados feitos propriamente para serem usados como substrato e decoração de terrários que já passam por um processo de limpeza. Em floriculturas pode se encontrar musgo que não são esterilizados. Para esterilizar esse musgo pode se fazer da mesma forma que se usa para esterilizar folhas secas e cascas de árvore. Antes de colocar troncos, galhos, pedras e outros apetrechos pegos em qualquer lugar também se deve dar uma boa lavada e deixar secar ao sol antes de colocar no terrário.
Todos os comentários acima acerca de esterilização são técnicas nem sempre utilizadas por alguns criadores, pois os mesmos alegam que a esterilização irá acabar, além dos agentes patógenos, com os organismos protetores, e isso também poderia vir a causar problemas no futuro, não existe nada comprovado para nenhum dos dois casos.
Cada criador deve tirar suas próprias conclusões e fazer da maneira que acha melhor para a sua realidade.

Umidade

Água é fundamental, refresca e sacia a sede da aranha, mantendo a umidade. Pode ser oferecida em vasilha ou pote. Algumas espécies como a Grammostola, chegam a mergulhar nos potes quando está muito quente.

Temperatura

Entre 20 a 30 graus, Variando para algumas espécies. Essa temperatura é a natural em diversos estados do nosso pequeno Brasil, mais em alguns são atingidas temperaturas abaixo de 20, 15 e as vezes 10 graus, para resolver esse problema pode ser usada uma pedra aquecida, alguns criadores se utilizam de lâmpadas para aquecer os terrários.

Iluminação

Você pode usar a lâmpada nigthglo que faz parecer o luar e estimula a aranha a caçar.












































Manual do iniciante

A alimentação

Lings

Os “lings” são Animais que possuem em torno de 10 a 20% do tamanho esperado para espécie.
Podem ser alimentados com patas de grilos (pegam super bem), larvas de besouro do amendoim, tenébrios, grilinhos, baratinhas e drosófilas.

Jovens

Animais com tamanho em torno de20 a 60% do tamanho esperado para espécie.
Podem ser alimentados com tenébrios, grilos, baratas e eventualmente peixes.

Fêmeas adultas

Animais com mais de 60% do tamanho esperado para espécie.
Podem ser alimentados grilos, baratas, tenébrios gigantes e eventualmente peixes.

Machos adultos

Animais já maturados sexualmente, em geral são menores que as fêmeas. Praticamente não se alimentam após a maturação, mais podem vir a comer.


Dúvidas mais comuns


Minha aranha já está a 1 semana ou mais sem aceitar comida o que pode estar acontecendo?
Provavelmente ela está recusando alimentação porque está satisfeita naquele momento, pode ser ecdise que está por vir, ou simplesmente ela não está afim de comer mesmo. Aranhas caranguejeiras as vezes são temperamentais, é normal elas ficarem sem comer por longos períodos de tempo (cerca de 3 a 4 meses), desde que as condições do terrário estejam dentro da normalidade;


Posso alimentar a minha aranha com carne morta ou com camundongos neonatos e adultos?
Em hipótese alguma é aconselhada a alimentação das aranhas caranguejeiras com carne, isso se deve por inúmeras razões. As carangas são animais que necessitam de certas quantidades de nutrientes por uma quantidade ingerida. Como iremos observar nas tabelas nutricionais mais a frente, grilos, baratas e tenébrios são ricos em cálcio, fósforo, proteínas e minerais; Proporcionalmente carnes possuem apenas 20% desses nutrientes por porção.
Ao alimentarmos a aranha com carne, esta se satisfaz ao todo, deixando assim de se alimentar com outras fontes de alimento, acarretando em inúmeras patologias como enfraquecimento do exoesqueleto (formado por cálcio e quitina), lentificação na mobilidade, alteração na coloração do animal, pontos de fungos na extensão do corpo, perda de membros e em casos extremos até a morte do animal.
Diante de todas essas contrariedades em alimentar a aranha com carne ou camundongos, fica de mínima importância o fato de que o terrário onde vive o animal ficará com um odor insuportável de carniça e não haverá alternativa a não ser substituir todo o material ali dentro para a reconstituição da mesma.




Criação de grilos

APRESENTAÇÃO

Os grilos são encontrados em diversas partes do mundo, e a criação em cativeiro é feita a mais de mil anos em países como a China e o Japão
A maneira como eram criados antigamente lembra e muito a forma como temos nossos pássaros hoje em dia: em nossas residências, colocados em gaiolas ricamente ornamentadas, e com o mais belo canto possível.
Eram considerados amuletos de boa sorte, e por incrível que pareça: criavam-se “grilos-de-briga”, que disputavam torneios tão populares como as rinhas de galos-de-briga.
Os adversários eram deixados por um longo período de jejum, e o prêmio do vencedor era poder devorar o oponente.
Atualmente são criados em larga escala em vários países, para serem vendidos como alimento vivo em lojas de animais de estimação, como iscas para pescaria em pesque-pagues, e como iguaria culinária em restaurantes especializados.
Pertencem a classe dos Insetos, ordem Orthoptera e família Grillidae. São onívoros, terrestres e noturnos.
Grilos são insetos muito asseados, sendo fácil criá-los, mas alguns fatores devem ser considerados antes de dar inicio a uma criação:
· Grilos fazem barulho – para minimizar esse problema, uma dica é reduzir o número de machos na caixa de criação (1 macho para 3 fêmeas).
· Necessitam de atenção diária, para se verificar a existência de água limpa e comida.
· Considere que algumas fugas serão inevitáveis!
Os grilos têm um odor definido, mas se a colônia é bem manejada e mantida limpa, a maioria das pessoas não considera esse odor desagradável.

VALOR NUTRICIONAL

Grilos são um excelente alimento para nossas aves, ricos em proteínas, gorduras e vitaminas. Porém, insetos em geral, apresentam em sua composição uma relação cálcio/fósforo inadequada. Uma relação adequada para aves seria de 1:1 à 2:1.


Grilo
Tenebriocomum
Tenebriogigante
Umidade (%)
69,07
62,44
59,37
Gordura (%)
6,01
12,72
17,89
Proteína (%)
21,32
20,27
17,41
Fibras (%)
3,2
1,73
6,80
Cinzas (%)
2,17
1,57
1,20
Cálcio (ppm)
345
133
124
Fósforo (ppm)
4238
3345
2320
Relação Cálcio/Fósforo
0,08/1
0,04/1
0,05/1

Estudos demonstraram que mesmo se elevando o nível de cálcio a 8% na dieta (nível máximo aceitável), não se resolveu o problema.
Uma maneira utilizada por criadores de répteis para se contornar esse problema é “polvilhar” os insetos com uma fonte de cálcio imediatamente antes do fornecimento. Basta colocá-los num recipiente fechado com o pó e agitar algumas vezes.

INSTALAÇÕES

Condições ambientais
Grilos vivem melhor em ambientes limpos, ventilados, secos e quentes.
Temperaturas mais altas aceleram o crescimento e reduzem a duração do ciclo do inseto, sendo a temperatura ideal encontrada no intervalo de 26 a 32ºC.
Não suportam o frio, e uma queda brusca de temperatura pode matar muitos grilos. Em regiões de clima frio, uma lâmpada de 15W será suficiente para manter a temperatura da caixa por volta de 30ºC.

Tela para cobertura

Tem como objetivo prevenir fugas e ataque de predadores, como aranhas e roedores.
A melhor tela é feita de metal, de preferência de alumínio, com a malha adequada ao tamanho dos grilos que irá conter. Telas de nylon não devem ser utilizadas, pois podem ser cortadas facilmente.

Abrigos

As bandejas para ovos feitas em papelão são muito úteis na caixa de criação. Elas poderão ser manipuladas mais facilmente se forem amarradas em conjuntos de 4 ou 5 unidades, muito útil no momento da limpeza da colônia e na captura dos insetos.
Com o tempo haverá um acumulo de detritos nas bandejas (sobras de alimentos, fezes e insetos mortos), momento em que devem ser substituídas.

Vale lembrar o comentário feito em relação as sobras da cultura do Tenebrio molitor: trata-se de um excelente adubo para horta e o jardim, mas devemos utilizar proteção para a pele, os olhos e o sistema respiratório quando manipulamos esse material.

Uma caixa com cerca de 50cm de lado é suficiente para se manter 250 grilos adultos. Grilos adultos chegam a saltar 40cm de altura, e por isso as caixas devem ser altas.
Devemos lembrar que o aumento excessivo da população de insetos dentro da caixa de criação tende a reduzir o crescimento corporal dos indivíduos, e aumentar a ocorrência de canibalismo.

Modelos de caixas de criação

As caixas mais utilizadas são de plástico ou vidro, por serem fáceis de limpar, visualizar, não absorverem umidade, serem leves, e principalmente, por dificultarem as fugas, já que os grilos adultos não conseguem escalar superfícies lisas.

ALIMENTAÇÃO

Alimentar os grilos com uma dieta adequada é fundamental para: garantir condições ótimas ao desenvolvimento dos insetos e sua procriação; fornecer as aves um alimento vivo com alto valor nutricional e reduzir o índice de canibalismo dentro da cultura de insetos.

Ração

Rações para peixes, aves, cães e gatos são as mais utilizadas, de preferência rações grosseiramente moídas.

Fonte de umidade

Qualquer fruta, legume ou verdura pode ser usada, desde que de boa qualidade e isenta de agrotóxicos.
O importante é que criador conheça o consumo diário de vegetais em sua colônia e forneça uma quantidade para que haja o mínimo possível de sobras, e essas deverão ser retiradas diariamente.

REPRODUÇÃO

Ciclo de vida

São insetos de metamorfose incompleta (ovo-ninfa-adulto), ou seja, não possuem o estágio de pupa.
Os ovos medem cerca de 2mm, têm formato de bastões, são amarelados e razoavelmente translúcidos, podendo ser vistos a olho nu.
Demoram de 15 a 20 dias para eclodir.
Os grilos recém nascidos se parecem com pequenas formigas que invadiram o aquário.
Os grilos filhotes são chamados de ninfas. Essa fase vai desde o nascimento até a maturidade sexual.
As ninfas são semelhantes aos adultos, porém menores.
Elas passam por 5 a 7 trocas de exoesqueleto até se tornarem adultos. O exoesqueleto é rígido, e precisa ser trocado para permitir o desenvolvimento corporal.
Sabemos que um grupo de grilos chegou a fase de adulto quando começamos a ouvir o som dos machos “cantando” vindo de dentro da caixa.
De uma maneira geral, a fase adulta tem início aos 60 dias de vida, e com cerca de 90 dias terminam o ciclo e morrem.
Cada fêmea coloca cerca de 100 ovos durante seu período reprodutivo.

Dimorfismo sexual

São características das fêmeas adultas:

o possuem 3 longos tubos na região posterior. O tubo central é o ovopositor, com cerca de 1,5cm de comprimento, o órgão com o qual ela introduz os ovos no solo.
o possuem as asas completamente desenvolvidas e lisas
o geralmente são maiores que os machos.
o Não produzem som relevante.

São características dos machos adultos:

o possuem apenas 2 tubos longos na região posterior. Não possuem ovopositor.
o possuem as asas mais ásperas, com aspecto de amassadas.
o geralmente são menores que as fêmeas.
o emitem um som para atrair as fêmeas e delimitar um território.

Ninho, incubação e eclosão

A reprodução pode ser conseguida da seguinte maneira: coloca-se na caixa de criação, um pires com uma camada de cerca de 2cm de algodão hidrófilo embebido em água.
É absolutamente necessário que esteja sempre úmido, porém jamais deverá ficar encharcado. As fêmeas farão a postura no algodão.
Ao fim de oito dias, transporta-se o pedaço de algodão para outra caixa , onde a temperatura deverá ser constante, por volta de 30ºC.
De 2 a 3 semanas depois deverá surgir um grande número de pequeninos grilinhos.




Criação de baratas

Além de possuírem muita proteína e serem muito bem aceitas por animais insetívoros, as baratas não são difíceis de criar.1- LISTA DE MATERIAIS:1 aquário de 10 litros1 caixa de ovos1 pote de sorvete1 bebedouro de passarinhos1 vasilha para comida ração de cachorros/gatos
Estilete
Tesoura
Vaselina
algodão1 colônia de baratasPROCEDIMENTO:2 - Corte as laterais do pote de sorvete com o estilete.3 - Corte a caixa de ovos em pedaços.4 - Coloque os pedaços da caixa de ovos dentro do pote de sorvete.5 e 6 - Passe uma fina camada de vaselina em toda parte superior da borda interna de seu aquário.7 - Coloque um pedacinho de algodão na entrada do bebedouro para evitar que essas pobres e estúpidas criaturas morram afogadas.8 - abasteça a vasilha de comida.9 - monte tudo.10 - coloque suas baratas aí dentro. Higiene é fundamental na criação, caso contrário as baratas (assim como qualquer outro alimento vivo) podem contrair doenças que serão transmitidas para o seu animal. Troque sempre a comida quando estiver suja e mantenha a água sempre limpa.Espere uns dois a três meses até começar a servir as baratas para seu animal para dar um tempo para elas procriarem.




Criação de tenébrios

O Tenebrio comum (Tenebrio molitor) é um dos insetos mais criados em todo mundo. Trata-se de uma espécie de besouro (Coleóptero), e é a larva desse besouro que nos interessa.
O Tenebrio é muito importante na alimentação de animais onívoros (que comem “de tudo”), insetívoros (que comem insetos) e também para aqueles que precisam de insetos em alguma fase da vida.
Quando criado de forma higiênica e fornecido em quantidade adequada, se traduz basicamente em Saúde e Atividade Psíquica e Motora para o animal que o consome.

Tenebrio comum, um alimento vivo
O mais importante aspecto a se considerar sobre o uso de alimentos vivos, é o efeito que esses insetos provocam em termos de “bem estar animal” e em termos de “enriquecimento ambiental”.
Muitos animais criados em cativeiro adoecem devido à monotonia, e isso geralmente provoca comportamentos autodestrutivos, como a queda no consumo de alimentos e a auto-mutilação. Oferecer uma presa viva, móvel e palatável, pode manter um animal ocupado por várias horas.
Na criação de animais silvestres em cativeiro fica evidente a importância desse tipo de alimento. Insetos despertam os instintos de caça, de sobrevivência.

Utilização
Pequenos mamíferos como o sagüi e o gerbil, escorpiões, aranhas, iguanas, rãs, tartarugas e peixes apreciam Tenebrios.
Na criação de aves são utilizados na alimentação de filhotes de emas, faisões, cracídeos e de galos combatentes. Diversos granívoros de nossa avifauna utilizam insetos em algum período do ciclo biológico, como o canário-da-terra, que não dispensa esse “banquete” quando tem filhotes no ninho.
São muito utilizados também como prêmios em programas de adestramento e como iscas em pescarias.

Valor Nutricional
O valor nutricional das larvas do Tenebrio é outra importante característica. São excelentes como fonte de proteínas de alta digestibilidade, gorduras, fósforo e vitaminas.

Preparação e manejo da colônia
A preparação de uma colônia de Tenebrios é muito simples, sendo necessário apenas uma caixa plástica, substrato e as larvas, itens disponíveis em nossa loja virtual.
A caixa deve ser mantida em local seco, escuro e ventilado.
Para montar a colônia, basta transferir a porção de tenebrios do recipiente de transporte para a caixa de criação, e completar com substrato até uma altura de 10 cm.
Como abrigo para as larvas, colocamos um pano dobrado (ou jornal) cobrindo 50% da superfície do substrato.
Dicas fundamentais no manejo de uma colônia de Tenebrio molitor:
Fonte de umidade: recomendamos o uso de cenoura, chuchu ou batata. Cortar finas fatias do legume, com cerca de 2 mm de espessura, e colocar uma quantidade suficiente para 1 dia. A quantidade ideal a fornecer é aquele em que 24h após o fornecimento, praticamente não encontramos sobras. A retirada de sobras diariamente irá impedir o desenvolvimento de fungos na caixa.
Outros alimentos: não recomendamos o uso de nenhum outro tipo de alimento na caixa além do substrato e da fonte de umidade.
Troca do substrato: quando se verificar que o substrato se transformou num pó fino e cinza, é hora da troca do material. Para isso, basta passar a colônia numa peneira de maneira a separar os insetos dos resíduos. Limpe bem a caixa, coloque o novo substrato e em seguida os insetos coletados. Sempre utilize proteção para os olhos e narinas quando for peneirar sua caixa de criação.
Reprodução: Tenebrios são insetos que passam pelas fases de ovo, larva, pupa e besouro. De 30 a 60 dias após o recebimento das larvas o criador verificará o aparecimento de besouros na colônia. A fase besouro indica início da postura de ovos, início da fase reprodutiva.
Conservação sob refrigeração: uma das mais notáveis características do Tenebrio molitor é a capacidade de resistir a baixas temperaturas. Entre 0 a 5ºC positivos o inseto entra em “hibernação”, e com isso o desenvolvimento é muito mais lento. Essa técnica é muito útil para criadores que querem impedir que as larvas cresçam, e para atrasar a transformação de larvas em pupas. Na prática, basta colocar a colônia sob temperatura de geladeira, e retirar por 24h a cada 10 dias para que os insetos se alimentem.



Criação de besouros do amendoim

O Besouro do Amendoim (Palembus dermestoides) produz larvas que não ultrapassam 1,2cm de comprimento, sendo por isso uma dos opções para criação de filhotes de pássaros de pequeno porte como coleiros, caboclinhos e pintassilgos.Também são muito utilizadas na criação de pequenos anfíbios e peixes ornamentais como o Betta Splendens.
O Besouro do amendoim é um Coleóptero, da família Tenebrionidae e tem origem asiática
Foi introduzido em nosso país por pessoas que os utilizavam com fins terapêuticos, no tratamento de asma principalmente. Poderes afrodisíacos também são atribuídos ao consumo desse pequeno inseto.
Preparação e manejo da colônia
A preparação de uma colônia de Besouros do amendoim é muito simples, sendo necessário apenas uma caixa plástica, amendoim cru e a porção de besouros e larvas , itens disponíveis em nossa loja virtual.
A caixa deve ser mantida em local seco, escuro e ventilado. Podemos criar esse inseto dentro de um armário, desde que se proporcione algum tipo de ventilação.
Para montar a colônia, basta transferir a porção besouros do recipiente de transporte para a caixa de criação, e completar com amendoim até uma altura de 5 cm.
Como abrigo para as larvas, colocamos um pano dobrado (ou jornal) cobrindo 50% da superfície do substrato.
Dicas fundamentais no manejo de uma colônia de Palembus dermestoides:
Fonte de umidade: recomendamos o uso de cenoura, chuchu ou batata. Cortar finas fatias do legume, com cerca de 2 mm de espessura, e colocar uma quantidade suficiente para 1 dia. A quantidade ideal a fornecer é aquele em que 24h após o fornecimento, praticamente não encontramos sobras. A retirada de sobras diariamente irá impedir o desenvolvimento de fungos na caixa. O fornecimento deve ser feito de 2-3 vezes por semana.
Outros alimentos: Podem ser utilizado os mesmo alimentos utilizados para tenébrios, mais o desenvolvimento da colônia será mais lento que o normal.
Renovação da colônia: quando se verificar que o substrato se transformou num pó fino e cinza, é hora de renovar a colonia. Para isso, basta preparar uma nova caixa conforme explicação acima, e tranferir gradualmente os insetos para a nova caixa. Podemos utilizar as fatias de cenoura para atrair os insetos, e em seguida fazer a transferencia para a nova caixa. Sempre utilize proteção para os olhos e narinas quando for peneirar sua caixa de criação.
Reprodução: Besouros do amendoim são insetos que passam pelas fases de ovo, larva, pupa e besouro. A porção de besouros segue com insetos em todas as fases, e a reprodução ocorrerá de imediato após a preparação da colonia. A fase besouro indica início da postura de ovos, início da fase reprodutiva.
Conservação sob refrigeração: não é indicada para esse inseto.



Criação/captura de drosóphilas

Amasse uma banana, coloque uma colher (café ) de fermento... e misture bem...... coloque tudo dentro de um pote pequeno (que tenha tampa) e leve o pote a algum lugar aberto, mas que não bata sol (cozinha é o lugar ideal). Depois de umas 24 horas, você poderá notar que terá varias mosquinhas (drosófilas).....deixe o pote aberto com as mosquinhas ainda exposto por uns 5 dias...depois (quando estiver cheio de drosófilas) feche o pote com as drosófilas dentro.... depois, passe as drosófilas vivas para um saquinho de plástico, ou um pote limpo, e leve a geladeira por uns 3 minutos, ou até você perceber que as drosófilas estão “paralisadas”... retire da geladeira e sirva para os lings... após alguns minutos as drosófilas vão começar a se mexer novamente... e é aí que o ling percebe e come!!!

Dae galera blza neh... tava precisando de saber como criar as Drosphilas numa colonia.... e perguntei pra um tanto de gente mas ninguem tinha a receita e os negocios... eu sabia +/- pq eu tinha td certinho mas perdi...dae to postano aqui pra galera q pediu....Ingredientes:05g de levedura* (fermento biologico de pao, mas com fungos msm)02g de Agar**01 colher (sopa) de açucar01 colher (sopa) de vinagre01 xicara (300ml) d'água Leve no fogo mas não ferva a água só esquente até o ponto de dissolução do agar e da levedura, +- 50º.Depois de esquentar e misturar tudo bem homogênicamente, divida em potinhos de gatorade, cobrindo o fundo com +/- 1,5 cm de altura do liquido, espere endurecer e no outro dia já pode colocar as moscas, tape com um maço de algudão com gase e sertifique-se que a tampa ficou bem justa. Este maço é uma bola de algodão com gase em volta, vc coloca ela na boca da garrafa como se fosse uma rolha, ela veda bem e permite trocas gasosas.*: levedura é fermento biológico de pão, nao é pó royal eh fermento com fungos msm, vc compra em qlqr mercado.**: Agar é uma espécie de gelatina, mas é na verdade retirada de algas e utilizada p/ endurecer meios de cultura, é um gelificante, vc compra em qlqr farmácia de manipulação.OBS: o frasco deve ser mantido sempre em local ventilado e sombreado. As mosquinhas não gostam de muita luz e o meio de cultura derrete se esquentar muito.